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O que está acontecendo na França?

A ira dos agricultores está se espalhando pela Europa, ganhando força em uma revolta significativa contra as políticas da Agenda Verde. O movimento, que começou na Alemanha e se estendeu para a Itália, agora chega à França, onde a FDSEA e os Jovens Agricultores da Ilha de França convocaram um “bloqueio de Paris”. Este ato representa a mais recente expressão de descontentamento em relação às imposições que visam transformar radicalmente a agricultura e impor restrições ambientais, parte de uma agenda global que tem gerado protestos em todo o continente.



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Na Alemanha

O movimento teve início na Alemanha, onde os agricultores expressaram crescente preocupação com as políticas que visam restringir suas práticas agrícolas tradicionais em nome da sustentabilidade ambiental. As medidas propostas, alinhadas com os princípios da Agenda Verde, incluíam regulamentações rigorosas, restrições sobre o uso de determinados produtos químicos e mudanças nos métodos de cultivo. Essas propostas desencadearam a mobilização dos agricultores, que viram as políticas como uma ameaça à sua subsistência e às tradições agrícolas que sustentam as comunidades rurais.

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Na Itália

Na sequência, a Itália se uniu ao movimento de revolta, com agricultores expressando sua insatisfação em relação às políticas que buscam impor uma transformação radical na agricultura. Os protestos na Itália ganharam força rapidamente, com uma crescente participação de agricultores preocupados com as implicações das políticas ambientais na produção de alimentos e na autonomia agrícola.



Agora, o epicentro da revolta se move para a França, onde a FDSEA e os Jovens Agricultores da Ilha de França convocam um “bloqueio de Paris”. As autoestradas A1, A6, A10-11, A13 e A15 serão afetadas por pontos de bloqueio, em uma ação que busca chamar a atenção para as preocupações dos agricultores em relação às políticas agrícolas e ambientais.

A Coordenação Rurale, outro sindicato, também está mobilizando agricultores em protestos em diversas regiões da França. Esta convergência de manifestações destaca a ampliação do movimento de revolta, indicando que as preocupações dos agricultores não são isoladas, mas sim compartilhadas por uma parcela significativa da comunidade agrícola.

As demandas dos agricultores sob o contexto das políticas da agenda verde, NetZero, ESG e redução de carbono, além da influência do Fórum Econômico Mundial (WEF) e das metas da Agenda 2030, que estão moldando o setor agrícola e suscitando preocupações sobre o controle alimentar global, são as seguintes:

Quais são as Reivindicações dos Agricultores Franceses:

1️⃣ Respeito total às leis EGAlim: Os agricultores franceses demandam o respeito integral às leis EGAlim, expressando preocupação sobre como essas leis estão sendo moldadas para atender às metas da Agenda 2030, em detrimento da autonomia agrícola.

2️⃣ Pagamento imediato de todas as ajudas da PAC: Exigem o pagamento imediato das ajudas da Política Agrícola Comum (PAC), temendo que as políticas associadas à NetZero e às metas de redução de carbono estejam desviando recursos cruciais para os agricultores.

3️⃣ Pagamento rápido de todas as indenizações sanitárias e climáticas: Os agricultores reivindicam um processo ágil de indenização para questões sanitárias e climáticas, questionando se as políticas da agenda verde estão priorizando adequadamente essas preocupações financeiramente.

4️⃣ Ajuda imediata para os setores mais em crise: viticultura e agricultura orgânica: Solicitam assistência imediata para setores específicos em crise, como a viticultura e a agricultura orgânica, destacando a falta de apoio sob as atuais políticas de sustentabilidade.

5️⃣ Tornar a pecuária uma grande causa nacional com recusa clara de acordos de livre comércio: Enfatizam a importância da pecuária e resistem aos acordos de livre comércio que possam comprometer a produção local em prol de modelos menos sustentáveis.

6️⃣ Saída das inconsistências do Pacto Verde e do planejamento ecológico: Buscam esclarecimentos sobre as políticas do Pacto Verde e do planejamento ecológico, temendo restrições excessivas às práticas agrícolas tradicionais.

7️⃣ Anunciar a pausa normativa e o projeto de redução de normas: Pedem uma revisão das normas e regulamentos, buscando uma pausa nas imposições que possam dificultar a operação das fazendas.

8️⃣ Reverter a não-regressão do direito ambiental: Defendem a reversão de medidas que comprometam o direito ambiental, buscando equilíbrio entre proteção ambiental e viabilidade econômica.

9️⃣ Parar as sobretransposições e permitir harmonização de normas a nível europeu: Solicitam o fim das sobretransposições de normas europeias para o contexto nacional, buscando harmonização considerando particularidades regionais.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) também está se envolvendo, convocando à convergência de mobilizações em um esforço para unir as demandas dos trabalhadores agrícolas com outras lutas sociais. Este apoio amplia a base de apoio ao movimento, conectando as preocupações dos agricultores com questões mais amplas de justiça social e econômica.



A escalada dos protestos reflete uma profunda insatisfação dos agricultores em relação às políticas associadas à Agenda Verde, que, segundo eles, não apenas comprometem a viabilidade econômica de suas atividades, mas também representam uma ameaça à autonomia alimentar e à herança agrícola.

O governo francês, confrontado com uma onda de manifestações, respondeu convocando uma reunião para discutir as demandas dos agricultores. O primeiro-ministro, Gabriel Attal, prometeu anunciar medidas específicas para a agricultura durante uma visita ao campo na sexta-feira. No entanto, a incerteza paira sobre a eficácia dessas medidas em acalmar os ânimos e atender às preocupações dos agricultores.

O movimento de revolta destaca um descontentamento generalizado em relação à implementação da Agenda Verde na Europa, com agricultores de diferentes países expressando preocupações semelhantes. As reivindicações incluem a busca por apoio imediato, alívio das restrições ambientais e uma revisão das políticas que afetam diretamente suas operações.

Em Agen, na França, a tensão atingiu o ápice quando membros da Coordenação Rurale queimaram palha e pneus em frente à prefeitura. Esta ação simbólica ilustra a frustração e a revolta que permeiam as comunidades agrícolas, representando um desafio direto às autoridades.

O apoio da CGT demonstra que a revolta dos agricultores está se conectando com movimentos mais amplos que buscam justiça social. As mobilizações convergentes indicam a formação de uma frente unificada contra as políticas que, segundo os manifestantes, ameaçam não apenas a subsistência dos agricultores, mas também a segurança alimentar e a autonomia agrícola.


Des agriculteurs manifestent à Baugé (Maine-et-Loire), le 25 janvier 2024. (JEAN-MICHEL DELAGE / HANS LUCAS / AFP)

As reivindicações escritas da FNSEA e dos Jovens Agricultores (JA) enfatizam a urgência de ações imediatas, destacando a necessidade de uma abordagem mais equilibrada nas políticas relacionadas à agricultura e ao meio ambiente. Estas demandas abordam não apenas a situação específica dos agricultores, mas também questões mais amplas de sustentabilidade e gestão responsável dos recursos naturais.

O governo francês enfrenta agora o desafio de lidar com um movimento de revolta que transcende fronteiras e reflete a crescente insatisfação dos agricultores em toda a Europa. A resposta governamental determinará não apenas o resultado imediato desses protestos, mas também a direção futura das políticas agrícolas e ambientais na região.

A revolta dos agricultores na Europa é um fenômeno complexo e em evolução, impulsionado por preocupações legítimas sobre o impacto das políticas ambientais na agricultura tradicional. O movimento ganha força à medida que agricultores de diferentes países se unem em uma demonstração de solidariedade contra a imposição de políticas que ameaçam suas formas de vida e tradições agrícolas. O desfecho desses protestos moldará não apenas o futuro da agricultura europeia, mas também influenciará o debate global sobre a relação entre sustentabilidade ambiental e práticas agrícolas tradicionais.


O Great Reset é real, e as 10 metas a curto prazo do WEF revelam um plano sombrio para remodelar a sociedade conforme sua visão distorcida. Esteja preparado para resistir e questionar as verdadeiras intenções por trás dessa agenda sinistra, que ameaça a liberdade, a prosperidade e a existência de todos nós.

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