Num futuro não tão distante, a sociedade foi redesenhada pelo Grande Reset. No cerne desse novo mundo, o cidadão modelo emerge, refletindo uma realidade onde a individualidade cede espaço para uma harmonia forçada.
Nesse cenário, a tecnologia é onipresente, monitorando cada respiração e pensamento. Os cidadãos são envoltos em um conforto aparente, onde algoritmos preveem seus desejos e dirigem suas escolhas. O livre-arbítrio se tornou uma relíquia esquecida, trocada por uma aceitação pacífica das diretrizes impostas.
A educação virtualizada, molda as mentes desde a infância, promovendo uma visão uniforme da realidade. Histórias são reescritas para se adequarem à narrativa oficial, criando uma geração que vê o presente como a utopia suprema.
Nesse mundo, a hierarquia social é rígida, controlada por uma elite tecnocrática. A meritocracia é ilusória, enquanto a ascensão é ditada por algoritmos que avaliam conformidade e utilidade para o sistema.
Contudo, debaixo dessa aparente ordem, há uma ausência palpável de conexão humana genuína. As emoções são reguladas, experiências pré-determinadas e a busca por significado é silenciada pelo incessante zumbido da tecnologia.
A verdadeira prisão não é física, mas uma gaiola de expectativas e conformidade. Cidadãos movem-se como sombras, inconscientes de sua própria limitação. A utopia projetada é uma fachada, enquanto a essência da humanidade se perde nas engrenagens do Grande Reset.
Original: Created by David James Armsby.
