A morte de Henry Kissinger não é digno de celebrações, mas sim de uma análise crítica e incisiva de uma vida repleta de atrocidades, um legado que ecoa através das décadas como um lembrete sombrio da capacidade humana para o mal. Hipocritamente Ganhador ao Prêmio Nobel da Paz, seu legado de sangue é intrinsecamente ligado a uma lista macabra de eventos que questionam não apenas a ética de suas ações, mas também enfatiza as engrenagens da conspiração e da manipulação que transformam monstros em anjos.
Para a lista notável do Prêmio Nobel da hipocrisia, o currículo do morto é invejável até pelo ao mais perversos tiranos da atualidade.
Bombardeio no Camboja (500.000 mortos): Durante a Guerra do Vietnã, Kissinger, como Secretário de Estado dos EUA, autorizou uma campanha brutal de bombardeios no Camboja. Sob o pretexto de atingir as bases do Vietcong, esses ataques resultaram em meio milhão de vítimas, a maioria sendo civis indefesos. Essa carnificina não apenas violou leis internacionais, mas também expôs a verdadeira face da máquina de guerra dos dominadores do mundo.
Apoio à invasão de Timor-Leste (200.000 mortes): A crueldade de Kissinger não conhecia fronteiras geográficas. Em 1975, ele endossou fervorosamente a invasão indonésia em Timor-Leste, uma intervenção que culminou em uma ocupação brutal e na perda de 200.000 vidas. Enquanto o mundo assistia, Kissinger demonstrava um desrespeito chocante pela soberania de uma nação e pelos direitos fundamentais de seu povo, típico das organizações supranacionais, como a ONU e a OMS.
Derrubada do governo no Chile (Apoio à ditadura de Pinochet): O Chile viu sua democracia ser subjugada pela intervenção de Kissinger, que desempenhou um papel crucial na derrubada do governo democraticamente eleito de Salvador Allende em 1973. O resultado foi a instalação de uma ditadura sob Augusto Pinochet, marcada por atrocidades que incluíram torturas e execuções sumárias. O apoio explícito dos EUA a esse regime revela a hipocrisia por trás das pretensões democráticas proclamadas.
Massacres em Bangladesh (3 milhões de mortes): Durante a Guerra de Libertação de Bangladesh em 1971, Kissinger e os EUA apoiaram o governo paquistanês em ações que resultaram em massacres e genocídios, somando um horripilante número de 3 milhões de mortes. As escolhas geopolíticas de Kissinger não só priorizavam interesses estratégicos sobre a vida humana, mas também ecoavam o cinismo da política internacional.
‘Guerra Suja’ na Argentina (30.000 mortos e 30.000 desaparecidos): Na Argentina, Kissinger é sinônimo do apoio dos EUA à ditadura militar durante a “Guerra Suja” (1976-1983). Esse período foi caracterizado por violações generalizadas dos direitos humanos, incluindo execuções sumárias e desaparecimentos forçados. A participação ativa dos Estados Unidos nesse capítulo sombrio da história argentina é uma mancha que persiste.
Bombardeio no Laos (200.000 mortes): A Guerra do Vietnã estendeu suas garras ao Laos, onde Kissinger, liderando os EUA, promoveu intensos bombardeios. O saldo foi a perda de 200.000 vidas, mais uma vez evidenciando a brutalidade de suas estratégias, que visavam minar as forças comunistas na região a qualquer custo.
Balanço da Guerra do Vietnã (2,5-3 milhões de mortes): Kissinger, figura proeminente nas políticas dos EUA durante a Guerra do Vietnã, contribuiu para um conflito que resultou em um impacto devastador. O balanço final é assustador, com entre 2,5 e 3 milhões de mortes, representando um capítulo sombrio na história moderna.
Além de seus atos em campos de batalha, Kissinger foi um arquiteto crucial de políticas globais, frequentemente em benefício das elites em detrimento das massas. Sua influência em organizações como o Conselho de Relações Exteriores (CFR) e a Comissão Trilateral deixou uma marca indelével na geopolítica mundial, traçando agendas que, muitas vezes, favoreciam interesses obscuros.
O reconhecimento de Kissinger com o Prêmio Nobel da Paz é um paradoxo que desafia a lógica e ressoa como uma ironia de dimensões épicas. Este prêmio, destinado a defensores da paz e justiça, é concedido a um homem cujo legado é pontuado por agressões militares, apoio a ditadores e violações dos direitos humanos. Em um ato de desconexão surreal, a comunidade internacional, ao premiar Kissinger, comprometeu-se com a negação da própria essência da PAZ.
Para Henry Kissinger, o inferno é o único Prêmio merecido por seu legado de atrocidades.